Era um mágico.


 Era um mágico que com sua cartola, imaginava controlar o mundo. Que com seus truques, enganava e distraía seu público.
 - Respeitável, público ...- dizia. Sendo que só respeitava seu próprio ego.
 Até que um dia, o grande público se surpreendeu.
 O número mais aplaudido, o coelho escondido na cartola, cansado de tanto sofrer, fugiu e com a fuga, despertou o público de seu êxtase.
 Um coelho em fuga, uma cartola vazia, um povo inconformado e um mágico desempregado.

A vida era tão mais fácil a um tempo atrás. Os problemas eram tão pequenos [ isso quando existiam] . Os amores era platônicos e por mais que não fossem correspondidos eram tão gostosos.
A infância tem um gosto doce, puro como o amanhecer. É arco - íris com as cores mais vivas, é brincadeira.
Crescer - em todos os sentidos - exige muito. Exige- se tempo, paciência, sorrisos forçados e foco. Exige - se o que não se tem. Ainda há o encanto, mas quem o percebe tão encolhido em uma pilha de tarefas a cumprir?
Viver é complicado, exige jogo de cintura. Conviver com outras pessoas é mais complicado ainda e é nessas horas que me pergunto como alguns conseguem chegar a sabedoria. É ela a vara de condão dos que vivem felizes nesse mundo tão louco - lindo, mas louco - que devora alguns, ergue outros e que vai girando. Nascer, crescer, sofrer, sorrir, amar, reproduzir, conhecer, saber, envelhecer, morrer. A parte mais difícil é tentar descobrir em que volta se está, dai a cabeça gira e a tontura faz cair, sobrando a esperança da vida ajudar a levantar.

amor próprio

Aprecie sua companhia, mesmo que ela te irrite e te perturbe. Mesmo que a solidão não seja a melhor coisa do mundo. Se aprecie.

É preciso que você ame seus defeitos, que você lide com eles, afinal, você será o único a se aturar por toda vida - por mais óbvio que isso seja.

Aprenda com seus gostos, ria com seus pensamentos, se divirta e chore com você.

Você pode ser o melhor ser humano do mundo, só precisa olhar mais para você.